sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ESTRADAS

Mil quilómetros de estradas foram já asfaltadas na Huíla
Jornal de Angola -André Amaro| Lubango - 12 de Agosto, 2010

As principais vias rodoviárias que ligam a província da Huíla a outros pontos do país, com uma extensão total de mil quilómetros, estão reconstruídas com novo tapete asfáltico, ao abrigo da execução do programa de melhoramento das estradas levado a cabo pelo Executivo, nos últimos oito anos.
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Tainha Conceição é também professora de Biologia numa escola do ensino médio do município da Matala, 180 quilómetros a Leste da cidade do Lubango, onde reside com os pais. Todos os dias faz a viagem de ida e volta entre a Matala e o Lubango, de forma segura e confortável.

Estradas recuperadas

O director provincial da Huíla do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Florêncio Teófilo, assegurou que 40 por cento da rede rodoviária da província está recuperada e os restantes 60 por cento começam a ser reparados a curto e médio prazo, incluindo as vias terciárias.
A província, além dos 1.100 quilómetros de estradas recuperadas, tem ainda 1.500 quilómetros onde os técnicos vão intervir brevemente. O Governo Provincial convidou, para o efeito, as empresas de construção civil a apresentarem projectos.
Florêncio Teófilo frisou que em oito anos foram reabilitadas as estradas que ligam a sede do município do Lubango aos municípios da Humpata (22 km), Chibia (45 km), Quipungo (90 km), Matala (180 km) e Cacula (90 km).
Estão em reabilitação os troços Cacula/Quilengues, Kuvango/Jamba, Caconda/Caluquembe e Chibia/Gambos, e os que ligam às províncias de Benguela, Kuando-Kubango, Huambo e Cunene.
Referiu que a estrada entre as províncias da Huíla e do Namibe, numa extensão de 180 quilómetros, passando pelo município da Humpata e pela serra da Leba, está completamente asfaltada.
Florêncio Teófilo explicou que as estradas que ligam o município de Chicomba e Chipindo são as únicas que estão por recuperar.

Novas pontes

Três estruturas metálicas vão substituir as antigas pontes de troncos, no troço de 105 quilómetros entre os municípios do Kuvango e Chipindo. As pontes são instaladas pelo Instituto de Estradas de Angola (INEA) e têm capacidade para suportar até 40 toneladas e têm uma extensão entre 20 e 40 metros de comprimento.

O director Florêncio Teófilo esclareceu que a província da Huíla precisa, ainda, de muito mais pontes e pontões para melhorar a circulação rodoviária nas vias secundárias e terciárias.

Postos de trabalho

A realização das obras está a permitir criar um número considerável de postos de trabalho directos e indirectos, sobretudo para a camada da faixa etária entre os 19 e os 35 anos.
As empresas estão a admitir operadores de máquinas, motoristas de veículos pesados e pedreiros, numa proporção de 90 por cento para nacionais e os restantes para expatriados. A maioria dos jovens empregados beneficiou de formação profissional.
No quadro da recuperação de estradas e pontes, as autoridades governamentais da província da Huíla desafiaram as empreiteiras nacionais e estrangeiras a apresentarem projectos para os 1.500 quilómetros que falta asfaltar.
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“Nos próximos tempos, o Governo Provincial vai lançar o concurso público para a reabilitação de novas estradas provinciais, municipais, comunais, secundárias e terciárias, mas é preciso que as empresas apresentem projectos”, frisou.
Sublinhou, igualmente, que existe um projecto para manutenção das vias rodoviárias reabilitadas ou construídas de raiz: “para isso é necessário que as empresas estejam preparadas para enfrentar o desafio”, disse Rosário Ima Panzo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Festas da Senhora do Monte animam o Lubango


Jornal de Angola
Estanislau Costa | Lubango - Hoje

A procissão com o transporte da imagem da Nossa Senhora da Assunção é realizada desde 15 de Agosto de 1930

Os arquitectos das Festas da Nossa Senhora do Monte, decorrem no Lubango até ao final do mês, devem sentir-se orgulhosos por terem criado um evento que propicia, a cada ano, novas oportunidades de negócios e de recreação.
Lubango fica ao rubro durante o mês da festa, apesar da tolerância de ponto ser apenas no dia 15, dedicado à padroeira da cidade.
A abertura oficial da presente edição das Festas da Nossa Senhora do Monte foi no sábado.
No complexo turístico da Nossa Senhora do Monte foram criadas condições para proporcionar momentos inesquecíveis a quem lá for, com, entre outros atractivos, carrosséis, restaurantes, lanchonetes e jogos de quino.
Crianças e adolescentes desfrutam, aos fins-de-semana, dos barcos no lago do jardim da Senhora do Monte, dos baloiços, do ar fresco e puro, das flores e dos enormes cedros e eucaliptos.
O ambiente das festas faz esquecer o Cacimbo, já próximo do fim. A zona da Nossa Senhora do Monte é a mais fria da cidade do Lubango, com uma temperatura mínima média de 3 graus centígrados.

Feiras com inovações

Os organizadores das festas introduziram, este ano, algumas inovações no programa. Na VII Feira Agro-Pecuária da Huíla, a entidade promotora, a Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA), além da exposição e leilão de animais, promove, entre os dias 11 e 15, colóquios sobre parasitologia, avicultura e suinicultura tropical. O programa inclui também as segundas jornadas técnicas sobre gado bovino e o intercâmbio de experiência entre criadores.
A ideia é transmitir as técnicas de cruzamento com touros de raça para melhorar o gado bovino da região Sul. As 24 fazendas participantes, com destaque para NNN, Achor, Agro-Sol, Caimone, Jamba e Angostrich, vão colocar a leilão mais de 500 animais diversos, com destaque para o gado bovino.
O leilão deve atrair criadores das províncias do Namibe, Benguela, Luanda, Huambo e Bié. Os organizadores calculam que os negócios ascendam a mais de um milhão de dólares.
O criador António Barros, do Bié, já está no Lubango para participar, como cliente, na VII Feira Agro-Pecuária da Huíla. Sem revelar o valor monetário disposto a investir, disse, ao Jornal de Angola, que tenciona “adquirir 40 cabeças de gado para criação”. António Barros, que vem, pela terceira vez, à feira do Lubango, “para adquirir gado de qualidade”, considera acessíveis os preços dos animais e “as novilhas boas para reprodução”.
O repovoamento animal na província do Bié, disse, decorre sem sobressaltos, na medida em que o gado bovino, caprino e suíno está a adaptar-se bem ao clima, pasto e água. “A província perdeu parte do rebanho com a guerra, o que exige dos empresários maior esforço para repor os animais perdidos”, afirmou. O criador elogiou o apoio dos bancos comerciais, ao financiarem projectos agro-pecuários e possibilitarem o repovoamento animal com a aquisição de gado bovino principalmente da região Sul do país, do Brasil e da África do Sul. António Barros disse que há muito que não perde uma feira agro-pecuária no Lubango, “pois é uma escola de boas experiências” entre criadores da Huíla, Namibe, Cunene, Namíbia e Brasil.

Empreendedores na Expo-Huíla

Os efeitos do espírito empreendedor da classe empresarial da província estão à vista. O contributo da Huíla ao desenvolvimento socioeconómico de Angola está patente na Expo-Huíla.
A Associação Agro-Pecuária Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIAL), organizadora da Expo-Huíla 2010, a realizar entre os dias 18 e 22, vai reunir, pela primeira vez, 130 empresas nacionais e estrangeiras. Comparativamente à edição do ano passado, há mais 35 participantes. O presidente da AAPCIAL, António de Lemos, disse, ao Jornal de Angola, que o recinto da Expo está lotado e que “muitas empresas que manifestaram interesse em participar, quase na véspera, aguardam por desistências”.
A maior bolsa de negócios da região Sul do país vai, desta vez, reunir, além de expositores angolanos, estrangeiros, vindos de Portugal, Namíbia, Gana, África do Sul, Alemanha, Itália e China. Entre os produtos expostos, salientam-se os do ramo da construção civil, transportes, telecomunicações, indústria, construção civil e agricultura.

Memórias do 15 de Agosto

A primeira Festa da Nossa Senhora do Monte, segundo a revista “Vozes do Lubango”, da Arquidiocese, com data de 15 de Agosto de 2002, pode ter sido comemorada pelos colonos madeirenses em Agosto de 1902.
Para melhorar os preparativos da efeméride, em 3 de Fevereiro de 1924 foi eleita a comissão que organizou as festas até 1929.
A primeira procissão, com o transporte da imagem da Nossa Senhora de Assunção, realizou-se em 15 de Agosto de 1930, quando uma nova comissão, empossada no dia 30 de Março do mesmo ano, organizou as tradicionais festas.
O trajecto da procissão, naquela época, começava na capela e terminava no Parque, tendo em conta a idade e o estado de saúde de muitos devotos, que não conseguiam escalar as escarpas do monte.
Hoje, perdura a procissão no dia 15 de Agosto. Nossa Senhora da Assunção foi consagrada, pelos madeirenses, como a padroeira da cidade de Sá da Bandeira, actualmente Lubango.O 15 de Agosto atrai pessoas da diáspora, com raízes na Serra da Chela. Acorrem ao local pessoas provenientes da Madeira (Portugal), São Paulo (Brasil) e de outros pontos do mundo.

Expo-Huíla 2010 sem espaço para acolher mais expositores


Jornal de Angola
André Amaro| Lubango - 05 de Agosto, 2010

A feira deste ano é aguardada com redobrada expectativa dada a forte participação de empresários.

A edição 2010 da Expo-Huíla, que decorre entre os próximos dias 18 e 22, no Lubango, no âmbito das tradicionais festas da Nossa Senhora do Monte, está sem espaço para mais empresas interessadas em expor os seus produtos.
Ao todo, 130, entre nacionais e estrangeiras dos vários ramos de actividade, estão inscritas para participar na maior bolsa de negócios organizada anualmente pela Associação Agro-pecuária Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL).
O presidente da AAPCIL, António de Lemos, disse que devido à exiguidade de espaço, dezenas de empresas nacionais e estrangeiros interessadas em participar na Expo-Huíla 2010 estão em lista de espera.
Entre as empresas estrangeiras inscritas, 14 são portuguesas e 6 namibianas, enquanto a África do Sul, o Ghana e a Alemanha estão representados com uma empresa cada.
De acordo com o presidente, decorre neste momento o processo de montagem de stands e muitas empresas inscritas já começaram a chegar ao Lubango. Entre elas, o destaque vai para as do ramo da construção civil, agro-pecuária, indústria, banca, transportes e telecomunicações que, para além de exporem os produtos, pretendem realizar negócios e trocar experiências, referiu.
Durante os quatro dias em que vai decorrer o evento, a direcção da AAPCIL prevê a realização de negócios acima dos dois milhões de dólares, bem como a visita de milhares de cidadãos.