sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MATALA

Água corrente voltou a jorrar
J.A. -André Amaro | Lubango - Hoje


As torneiras das casas da sede municipal da Matala, situado a 180 quilómetros da cidade do Lubango, voltaram a jorrar água potável, após 30 anos, fruto da instalação de um novo sistema de captação e distribuição.
O sistema está equipado com cinco tanques com capacidade para bombear, a uma distância de seis quilómetros, 110 metros cúbicos de água por hora, com o auxílio de bombas ligadas a um sistema de energia solar.
O administrador municipal da Matala, Manuel Vicente, que prestou a informação ao Jornal de Angola, esclareceu que o novo sistema está a beneficiar três mil populares da zona alta da sede municipal e que a construção deste sistema consta do Programa de Investimentos Públicos (PIP) do governo provincial da Huíla, com vista a melhorar as condições básicas das populações.
O novo sistema de captação e abastecimento de água canalizada vem resolver um problema que os munícipes da Matala têm enfrentado há décadas e melhorar as condições sanitárias das famílias, adiantou.
Para o administrador, o regresso da água corrente nas torneiras vem contribuir para a redução de doenças como a cólera, diarreias agudas, alergias e outras causadas pelo consumo de água imprópria. Referiu ainda que o novo sistema vai permitir encurtar as distanciais que os populares percorriam para carregar o produto destinado ao consumo doméstico e para a agricultura de subsistência.
Com a entrada em funcionamento do novo sistema, disse Manuel Vicente, a maior preocupação prende-se agora com a rede da canalização, que está em estado degrado devido à sua antiguidade e ao facto do material usado ser de metal.

População satisfeita

Os populares residentes na sede do município da Matala manifestaram-se a sua satisfação com o trabalho efectuado pelas autoridades governamentais e que repôs a água corrente nas suas torneiras, ao cabo de três décadas.
Maria Madalena, doméstica e residente no bairro Colonato, na sede municipal da Matala, recorda que deixou de ver água a sair da torneira quando o seu primeiro filho nasceu, há 27 anos e hoje está satisfeita com a nova realidade. Para ela, a vida renasceu com o regresso da água canalizada, porque o sofrimento de percorrer diariamente sete quilómetros para ir lavar a roupa e carregar água no canal, com todos os riscos inerentes, chegou ao fim.
Para o funcionário público Agostinho Figueira, um dos primeiros beneficiários a ver o precioso líquido a sair da torneira da sua casa, no primeiro ensaio, a qualidade vai melhorar. Consciente de que a água é sinónimo de vida, referiu que com ela as pessoas conseguem manter a higiene pessoal e a das suas casas, e prevenir a doença, produzir produtos agrícola e muito mais.

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