quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Investimentos na Huíla na prevenção de doenças

J.A. - 27 de Outubro,

O secretariado provincial da Cruz Vermelha de Angola (CVA) na Huíla investiu, em 2009, mais de 82.000 dólares em projectos de prevenção contra o VIH/Sida, cólera e de programas de sensibilização contra as minas.
Ao fazer o balanço das actividades realizadas durante os últimos dois anos, a secretária provincial da organização, Ana Paula Fonseca, esclareceu que os projectos foram desenvolvidos nas cidades do Lubango, Matala e Cacula.
Do montante total, 52.000 dólares foram financiados pelo Fundo Global e reverteram para um programa de sensibilização do VIH/Sida, 10.000 foram dados pela UNICEF e destinados ao combate à cólera e 20.000 foram doados pela Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) e foram aplicados no programa de desminagem. A responsável da Cruz Vermelha informou que os programas beneficiaram um universo de 300.000 pessoas na região.
No âmbito da acção de sensibilização do programa de combate ao VIH/Sida, Ana Paula Fonseca informou que a CVA na Huíla apoiou 21 prostitutas em programas de auto-emprego.
A secretária da organização informou que as prostitutas conseguiram mobilizar, durante as suas actividades, mais 21.000 pessoas do Lubango e Matala sobre o risco que representa o VIH.
Para as acções de combate à cólera, Ana Paula Fonseca revelou que a Cruz Vermelha e a Direcção Provincial de Energia e Águas desinfectaram, na cidade do Lubango, entre 2009 e 2010, 1000 poços de água e entregaram 3.000 barris de armazenamento de água e 1.200 mosquiteiros impregnados com insecticida.
A Cruz Vermelha na Huíla, acrescentou Ana Paula Fonseca, realizou ainda campanhas de sensibilização contra os acidentes de minas, em benefício de 130.000 pessoas residentes na localidade da Cacula.

Associação criou postos de trabalho a finalistas do Instituto de Economia





Finalistas do Instituto Médio de Economia do Lubango têm emprego garantido


Arão Martins | Lubango - 25 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimateia Baptista | Lubango

O presidente da Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL), António de Lemos, prometeu, no Lubango, trabalhar junto dos empresários para a inserção no mercado de trabalho de finalistas do Instituto Médio de Economia do Lubango.
No encontro, que reuniu 400 finalista dos cursos de Administração Pública, Contabilidade e Gestão, Estatística Aplicada e Planeamento, Informática Aplicada à Gestão e de Secretariado, António de Lemos prometeu trabalhar para a sensibilização dos associados.
“Muitas empresas privadas na província têm falta de quadros de nível superior, de técnicos médios e básicos na área de Estatística, Informática, Contabilidade e Secretariado”, assegurou.
António de Lemos disse que o défice pode ser colmatado com a inserção dos alunos que finalizam os cursos no Instituto Médio de Economia do Lubango, uma vez que a maior parte dos alunos que termina o ensino técnico médio tem dificuldades em encontrar o primeiro emprego.
O director-geral do Instituto Médio de Economia do Lubango (IMEL), Jacinto Jamba, disse que a iniciativa da Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla é ímpar e vai permitir o enquadramento dos alunos da instituição no mercado de trabalho.
Afirmou que o instituto matriculou no presente ano lectivo 2.484 alunos, sendo 413 finalistas.

Alunos satisfeitos


Jesualdo Figueira, finalista do curso de Informática Aplicada à Gestão, disse, no final do encontro, ser muito importante que a Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla esteja a mediar junto de empresas locais a inserção de técnicos que terminam o ensino médio.

"Água para todos" chegou ao Cangolo Muquipa


J.A. - André Amaro | Lubango - 25 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimateia Baptista|Lubango



Com o Programa Água para Todos, de iniciativa Presidencial, o Governo da Huíla construiu sistemas de captação, tratamento e distribuição nos 14 municípios da província, articulando o abastecimento de água com acções de saneamento básico e ambiental.
O programa visa melhorar os indicadores sociais, em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem alcançados até ao ano 2015. Mais de três mil habitantes da aldeia de Cangolo Muquipa, município da Chibia, Huíla, passou a beber água potável, através do “Programa Água para Todos”.
João Mucanda, 49 anos, pastor, é um dos habitantes da aldeia e diz que depois de mais de quatro décadas a consumir água do rio, poços, cacimbas e chimpacas, “agora já bebo água de qualidade”.
Os motivos para comemorar são muitos, por isso Mucanda e os seus companheiros, ao ritmo do batuque, do reco-reco, kissange e outros instrumentos musicais tradicionais, dançam a cambangula.
Ao ritmo contagiante do batuque, mulheres e crianças, vestidas da cabeça aos pés com trajes e tradicionais, juntam-se à festa para expressar a sua satisfação pelo ponto de água e dar as boas vindas aos visitantes. No seu orgulho de pastor tradicional, Mucanda, no acto inaugural tomou a palavra e disse: “a água da bomba é mais saborosa e limpa do que a do rio, do poço ou da chimpaca”.
O pastor sempre usou água não tratada para beber. Como bom pastor, bebe onde está a beber o seu rebanho. Agora tem água tratada e saborosa. A festa continua!
A satisfação do pastor é partilhada por Joaquina Ngueve, camponesa, que vê no fontanário que começou a jorrar água potável a redução do seu sofrimento de percorrer três quilómetros para acarretar água no rio.
Visivelmente satisfeita, Joaquina Ngueve disse que a abertura do primeiro ponto de água na aldeia veio melhorar as condições de vida dos seus habitantes, que agora têm água potável para beber, mas também para lavar a roupa e tomar banho.
Conta que antes da inauguração, homens e animais utilizavam o mesmo rio, lago ou chimpaca para beber, o que trazia consequências graves para a saúde das pessoas. “O risco de contrairmos doenças era muito grande”, disse.
Joaquina Ngueve explicou que por causa da partilha de água entre as pessoas e o gado era frequente o registo de doenças como a cólera e alergias.
A funcionária pública Verónica Chicusse disse que as autoridades governamentais da província da Huíla atenderam a uma preocupação que a população há décadas clamava por solução. Verónica Chicusse considera que a vida na localidade renasceu com a ponto de água, mas é preciso que outros sistemas sejam construídos, porque um ponto não é suficiente para atender todos os habitantes.

Água potável nos municípios


Ao abrigo do Programa “Água para Todos, que visa levar o “precioso líquido” às comunidades rurais e melhorar o saneamento básico, mais de 300 mil habitantes dos 14 municípios que integram a província da Huíla já beneficiam de água potável.
O director provincial das Águas na Huíla, Abel da Costa, considerou positivos os dois anos de execução do Programa Água para Todos, uma vez ter beneficiado mais de 300 mil pessoas nas comunidades rurais.
Abel da Costa disse que desde o início do projecto, em 2009, até ao momento, já foram executados 60 sistemas de abastecimento de água, dos quais 17 convencionais para as sedes municipais.
O titular do sector das Águas na Huíla esclareceu que os sistemas convencionais instalados nas sedes municipais estão equipados com uma central de captação, armazenagem e distribuição de água com canalização ligada ao domicílio.
Para as comunidades rurais com mais de 300 pessoas, foram construídos lavandarias com pontos de água, alguns dos quais manuais e outros equipados com placas solares para alimentar o sistema, sublinhou.Este ano foram feitas pequenas intervenções que permitiram a instalação de pontos de água na periferia de algumas localidades dos municípios do Lubango, Matala, Chibia, Humpata, Quilengues e Caconda.
A meta, disse, é até ao ano de 2012 beneficiar com este projecto 80 por cento da população da província da Huíla, estimada em 3,1 milhões de habitantes, grande parte concentrados na cidade do Lubango.
Sublinhou que o objectivo do projecto é beneficiar com água potável 2, 8 milhões de pessoas na Huíla, o que constitui 80 por cento do total.

Menos doenças

Doenças como a cólera, alergias, infecções urinárias, problemas intestinais e outras causadas pelo consumo de águas impróprias estão a reduzir nas comunidades rurais onde o Projecto Água para Todos já chegou.
O director do sector das Águas na Huíla, Abel Costa, assegurou que, graças ao projecto, o índice de doenças causadas pelo consumo de água imprópria reduziu drasticamente.Abel Costa informou que nas comunidades rurais, a cólera, a malária e diarreias agudas eram consideradas as doenças que mais mortes causavam e esta iniciativa está a contribuir para a sua prevenção.
Garantiu que o Projecto Água para Todos está a ser um êxito na província da Huíla, na medida em que a melhoria da qualidade de vida das populações está a ser alcançada. Abel Costa sublinhou que fruto da sua materialização, o saneamento básico no seio das comunidades rurais melhorou.
“O consumo de água potável está a dar qualidade de vida às comunidades mais desfavorecidas”, afirmou, acrescentando que as pessoas melhoraram a higiene pessoal e das suas casas, um factor determinante para a prevenção de doenças.
Acrescentou que as crianças e mulheres deixaram de fazer grandes esforços ao percorrer longas distâncias para acarretar água em lagos, rios e lagoas, muitas vezes contaminados pelo facto de serem usados pelo gado.
Abel da Costa diz que valeu a pena investir em projectos de abastecimento de água, porque melhorou o saneamento básico, diminuíram determinadas doenças e poupa-se dinheiro com vacinas e medicamentos para o tratamento dos doentes.

Investimentos avultados


Ao todo, 8,2 milhões de dólares s foram investidos no Projecto Água para Todos na província da Huíla, no sentido de melhorar o abastecimento de água às populações das comunidades rurais.
O director provincial das Águas na Huíla, Abel da Costa, sublinhou que os serviços recebem anualmente 4,1 milhões de dólares para execução de projectos nos 14 municípios. Referiu que com este montante, os serviços de Águas estão a recuperar a capacidade dos sistemas antigos das sedes municipais, abrir furos nas comunidades periféricas e rurais e construir lavandarias.
Abel Costa disse que para alcançar as metas estabelecidas pelo Projecto Água para Todos, as verbas são insuficientes, uma vez que a maior parte da população da Huíla está concentrada na cidade do Lubango.
Explicou que atendendo ao facto do Lubango ser um centro urbano, a abertura de furos não é compatível com o desenvolvimento das áreas urbanas, dai a necessidade de instalação de sistemas de abastecimento de água modernos, cujos orçamentos são elevados.
Para a cidade do Lubango é necessário investir na conduta de transporte e captação da Tundavala, que está em estado avançado de degradação, nova tubagem para os domicílios, contadores e outros equipamentos, exemplificou.

Plano director


Abel da Costa informou que a melhoria definitiva do abastecimento de água às populações da cidade do Lubango passa pela materialização do Plano Director do Governo Provincial da Huíla, orçado em 245 milhões de dólares.
Elaborado há dez anos, o Plano Director de Águas da cidade do Lubango foi recentemente actualizada para corresponder ao crescimento demográfico e económico que a capital da provincial da Huíla vem registando.
De acordo com o director provincial das Águas na Huíla, o Plano Director já foi remetido ao ministério de tutela e este, por sua vez, levou-o ao Conselho de Ministros, para análise e aprovação pelo Chefe do Executivo.
Abel da Costa explicou que o sistema de abastecimento de água da cidade do Lubango foi construído para atender 30 mil consumidores, mas actualmente o número de habitantes cresceu para um milhão e 200 mil.
Frisou que devido à antiguidade da rede de distribuição e ao estado degradado da canalização ao domicílio, 60 por cento da água proveniente da captação da Tundavala acaba por se perder.
Enquanto se aguarda pela aprovação do Plano Director, a Direcção das Águas da Huíla, em parceria com Organizações Não Governamentais, está a instalar bombas manuais nos bairros periféricos da cidade do Lubango.

Primeiras casas ficam prontas em Março


J.A. - Domingos Mucuta| Lubango - 24 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimateia Baptista

Os primeiros 800 fogos habitacionais, dos 135 mil previstos para a província da Huíla, no quadro do Programa Nacional de Habitação, ficam concluídas em Março do próximo ano, anunciou quinta-feira, no Lubango, o director provincial do Urbanismo e Habitação.
Ao apresentar o andamento do programa de habitação e urbanização das reservas fundiárias, num encontro com os membros da comissão provincial, Nuno Ndala anunciou que as casas estão a ser executadas pela empreiteira Cassaforma, na zona da Eiwa.
Nuno Ndala explicou que as obras já começaram, depois da montagem de duas fábricas de materiais de construção civil da Cassaforma, numa altura em que as empreiteiras Consterra, Cidadela Degas e Urbanilar criam condições para o arranque da construção de outras 7.458 habitações.
As novas centralidades urbanas têm arruamentos, sistemas de drenagem das águas pluviais, serviços sociais básicos, água, energia, hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais, recintos desportivos e postos policiais.
O director do Urbanismo e Habitação da Huíla disse que a construção dos 135 mil fogos habitacionais na Huíla vai diminuir o défice de 213 mil casas que a cidade do Lubango regista neste momento.


Urbanização do Lubango


Ao abrir o encontro, o governador da Huíla, Isaac dos Anjos, lembrou que o plano de urbanização da cidade do Lubango é antigo e foi projectado pelo arquitecto José António Aguiar, mas, devido à guerra, foi invadido pelas construções anárquicas.
O governador defendeu que “é necessário manter o traço característico estabelecido pelo arquitecto José António Aguiar” para a antiga cidade, ao mesmo tempo que “projectamos novas urbanizações nas reservas fundiárias”.
O governador da Huíla acrescentou que “as propostas que trazemos para a urbanização da cidade do Lubango já tinham sido referenciadas anteriormente. Não são meras criações resultantes de uma deambulação intelectual qualquer, pesquisamos e conseguimos descobrir os projectos”, disse.
O governador da Huíla disse que a ideia consiste em conter o caos urbanístico vivido actualmente na cidade. “Identificámos novas áreas de crescimento e expansão da cidade do Lubango, evitando entrar em conflitos de terras e de propriedade”.
Sublinhou que as pesquisas permitiram considerar a construção de avenidas ao longo dos riachos, que atravessam o centro da cidade e obras de engenharia que vão reduzir a velocidade das águas de corrimento superficial.
“Se incorporarmos a construção de diques ou represas para redução da velocidade da água, conseguimos o desassoreamento da cidade e diminuir as consequências das águas superficiais que causam danos às populações em zonas de risco”, afirmou Isaac dos Anjos.
O governador da Huíla disse que o levantamento para o plano urbanístico levou a considerar o que de mais tradicional havia para “respeitar a memória colectiva, conforme mandam os cânones de cidade, por meio de busca sobre os projectos de antigos arquitectos”.

Novos espaços para o bem-estar


O governador da Huíla disse que o seu governo está a projectar novos espaços urbanos com traçados largos e bonitos para integrar mais pessoas em harmonia, o que contribui para o desenvolvimento social da população. “Queremos o bem-estar de todos os habitantes do Lubango nos novos espaços, com urbanismo, ordenamento e vida. Estas são as nossas propostas para transformar a cidade num projecto comum da nossa pitoresca cidade”, frisou. Isaac dos Anjos defendeu que as cidades devem estar organizadas para facilitar a abertura de ruas, sinalização vertical de trânsito, condições essenciais básicas como sistemas de distribuição de água, energia e de saneamento básico, o que vai contribuir para elevar a qualidade de vida dos cidadãos. “O cidadão deve ter endereço e número de casa, nomes de rua e outros elementos que permitam gerir um elevado número de pessoas vivendo em sociedade urbanizada”.
Isaac dos Anjos disse que as duas grandes áreas identificadas como reservas do Estado na cidade do Lubango estão já publicadas no Diário da República. Nestas áreas estão em execução as novas urbanizações.

Censo populacional permite traçar novas estratégias de combate à fome

J.A. - 23 de Outubro, 2010

O censo populacional ajuda os governos a traçar estratégias viáveis para o combate à fome e à pobreza, em função do número de pessoas de cada comunidade, afirmou no Lubango o padre Jacinto Pio Wakussanga.

O padre Pio Wakussanga dissertou sobre o tema “Perspectivas de uma Angola nova no contexto de justiça, paz e pão para todos”, numa mesa redonda promovida pela Liga dos Amigos da Filosofia (LAF) do Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) do Lubango.
O académico disse que o censo permite obter os reais indicadores populacionais, como a distribuição geográfica, faixa etária, género, nível académico, número de filhos por casais e os agregados familiares, índices de emprego e desemprego, sectores de actividades dos empregados e condições sociais. Perante uma plateia de estudantes e docentes, frisou que o estudo da estrutura da população faz com que os governos dirijam melhor as políticas sociais relacionadas com a habitação, educação, saúde, emprego e outras que visam o bem-estar da população.
“Os estudos demonstram que os países que conseguiram realizar o censo populacional encontraram o verdadeiro caminho para a erradicação da fome e da pobreza. São exemplos em África, países como Cabo Verde, África do Sul e Botswana”, argumentou. O Executivo angolano começou a preparar este ano o primeiro censo populacional em Angola.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Igreja apoia vítimas das demolições no Lubango

A arquidiocese do Lubango continua a apoiar as três mil famílias vítimas das demolições, no Lubango, província. A igreja local dá o seu contributo sob coordenação da Caritas de Angola, distribuindo bens materiais, ao mesmo tempo que concede apoio moral às pessoas alojadas na Chavola.

“Nós nos organizamos a nível da igreja para que a própria Caritas do ponto de vista material pudesse ajudar” – disse o arcebispo, Dom Gabriel Mbilingue.

“Os beneficiários nem todos são católicos, alguns são católicos outros não católicos até gente que é contra a religião católica, mas não é o nosso problema, o nosso problema é que a caridade do coração de Deus atinja á todos” – sublinhou o prelado.

O arcebispo do Lubango garante que a igreja vai continuar a ser parceira do governo, visando a redução dos mais variados problemas por que passam milhares de famílias angolanas.

“Todos esses programas sociais que de facto apanham também a nossa dimensão social em termos de evangelização nos tornam parceiros do Estado. Naturalmente o Estado conta com os parceiros que estão junto da população” - sublinhou.

20 Oct 2010
Fonte:Apostolado

Igreja apoia vítimas das demolições no Lubango

A arquidiocese do Lubango continua a apoiar as três mil famílias vítimas das demolições, no Lubango, província. A igreja local dá o seu contributo sob coordenação da Caritas de Angola, distribuindo bens materiais, ao mesmo tempo que concede apoio moral às pessoas alojadas na Chavola.

“Nós nos organizamos a nível da igreja para que a própria Caritas do ponto de vista material pudesse ajudar” – disse o arcebispo, Dom Gabriel Mbilingue.

“Os beneficiários nem todos são católicos, alguns são católicos outros não católicos até gente que é contra a religião católica, mas não é o nosso problema, o nosso problema é que a caridade do coração de Deus atinja á todos” – sublinhou o prelado.

O arcebispo do Lubango garante que a igreja vai continuar a ser parceira do governo, visando a redução dos mais variados problemas por que passam milhares de famílias angolanas.

“Todos esses programas sociais que de facto apanham também a nossa dimensão social em termos de evangelização nos tornam parceiros do Estado. Naturalmente o Estado conta com os parceiros que estão junto da população” - sublinhou.

20 Oct 2010
Fonte:Apostolado

Universidade Mandume forma primeiros mestres



André Amaro| Lubango - 19 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimatéia Baptista

Um ângulo da Universidade Pública Mandume que é constituída pelas Faculdades de Medicina, Economia, Direito e escolas superiores



Os primeiros estudantes com o grau de mestrado formados pela Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN), em parceria com a Universidade Clássica de Lisboa, vão ser lançados no mercado a partir do próximo ano, disse ontem o reitor daquela instituição pública, Viriato Gaspar Gonçalves.
Os estudantes estão a ser formados nas especialidades de Gestão Económica e Direito Económico e a universidade tem um plano anual de pós-graduações para dentro e fora do país, com prioridade para os docentes.
A perspectiva é abrir cursos de mestrado em todas as licenciaturas ministradas da Universidade Mandume, para que os estudantes possam prosseguir a formação no país, sem grades gastos, sublinhou o reitor Viriato Gaspar.
A universidade está empenhada em melhorar a qualidade do ensino superior na região Sul, para participar, através da investigação científica, na solução dos problemas que a sociedade enfrenta. O reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo manifestou este desejo no âmbito das comemorações do primeiro aniversário da instituição que se assinala hoje.
A cerimónia que marca as comemorações do dia da Universidade Mandume vai ser presidida pela ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, e inclui actividades musiciais, um discurso do reitor, mensagem dos estudantes e uma comunicação do governador da Huíla, Isaac dos Anjos.
A Universidade Mandume é constituída pelas Faculdades de Medicina, Economia, Direito e escolas superiores politécnicas do Namibe, Cunene e Kuando-Kubango e tem 2.545 estudantes.
Na Universidade Mandume Ya Ndemufayo são leccionados os cursos de Medicina, Direito, Economia, (Lubango), Contabilidade, Electricidade, Mecânica, Biologia Marinha (Namibe), Biologia, Enfermagem, Análises Clínicas, Engenharia Agrícola (Cunene), Biologia, Matemática e Enfermagem (Kuando-Kubango).

Balanço positivo


Viriato Gonçalves fez um balanço positivo do primeiro ano de actividades da universidade e sublinhou que a instituição, além do ensino, deve servir a comunidade, identificar os seus problemas e ajudar a resolvê-los.
Disse que o primeiro ano de funcionamento da universidade serviu para definir as linhas de desenvolvimento da instituição, elaboração do estatuto orgânico, regulamento e normas, criação do logotipo, hino, bandeira, numeração dos estudantes e orçamentos.
De acordo com o reitor da Universidade Mandume, o processo de ensino e aprendizagem é garantido por 57 docentes.
Viriato Gaspar Gonçalves considerara que estão criadas as bases institucionais para o funcionamento da universidade e, a médio prazo, são erguidas as infra-estruturas físicas com o apoio dos Governos Provinciais."O balanço é positivo", referiu.

Bibliotecas e laboratórios


A reitoria da Universidade Mandume Ya Ndemufaya pretende criar bibliotecas físicas e digitais conectadas à Internet, apetrechar os laboratórios com meios modernos e informatizados.
Viriato Gonçalves garantiu que vai ser melhorada, a curto prazo, a situação da comunicação, através da criação de uma sítio na Internet com uma base de dados sobre a universidade, estudantes, cursos e outras informações. O reitor disse que a universidade está a promover a investigação científica a vários níveis, facilitar o ensino à distância e aumentar a qualidade do ensino superior.
O projecto é financiado com o orçamento próprio da universidade e tem o apoio dos Governos Provinciais onde estão localizados os núcleos orgânicos.
Quanto aos projectos de médio e longo prazo, Viriato Gonçalves disse que a aposta da universidade é a construção de infra-estruturas físicas adequadas aos cursos ministrados em cada uma das instituições orgânicas.
O reitor informou que existem estudos avançados para a materialização do projecto e os da Huíla estão em fase conclusiva. Explicou que o Governo Provincial da Huíla cedeu um espaço na nova urbanização da Eywa para construção do campus universitário, cujas obras começam no próximo ano.

Água potável nos domicílios


Arão Martins| Lubango - 20 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimateia Baptista| Lubango

Município da Jamba fica com vários fontenários para alegria da população


A população das comunas do Dongo e Tchamutete, esta última sede do município da Jamba, na Huíla, vai começar a consumir água potável a partir de Novembro, graças à reabilitação e ampliação do sistema de produção e distribuição deste bem essencial.
O sistema, que vai ser inaugurado no âmbito das comemorações do dia da Independência Nacional, vai fornecer água potável ao domicílio, o que beneficiará 330 famílias das duas localidades, e inclui o fornecimento a fontanários.
O administrador municipal da Jamba, Miguel Cassela, disse que as obras de reabilitação tiveram início em Janeiro, no quadro do programa "Água para Todos", que visa melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Miguel Cassela referiu que os trabalhos estão na fase final e consistem na ampliação do sistema de armazenamento, substituição da canalização antiga de metal por outra em plástico, colocação de torneiras e contadores. "Actualmente, a água já jorra nas torneiras, mas a inauguração está prevista para Novembro no âmbito das comemorações dos 35º aniversário da Independência Nacional", sublinhou. "Prevemos até 2012 fornecer água potável às populações residentes nas comunas, sectores e aldeias, com a abertura e reabilitação de furos de água", adiantou o administrador.

Famílias rurais recebem apoios


J.A. - Arão Martins | Lubango - 16 de Outubro, 2010
Fotografia: Miguel Pedro

Estão criadas as condições para que os camponeses possam aumentar a produção


A Direcção Provincial da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, na campanha agrícola 2009/­2010, apoiou 18 mil famílias camponesas do município de Caluquembe, provincial da Huíla, com semente e instrumentos de trabalho.
O responsável municipal da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Joaquim Tchikulumula, disse que as famílias receberam sementes de milho, massango, massambala, feijão, gergelim, café, entre outras.

As famílias beneficiaram também de instrumentos de trabalho, como enxadas europeias e tradicionais, machados, charruas, limas, bem como algumas cabeças de gado de tracção animal, frisou. Para a campanha agrícola 2010/2011, Joaquim Tchikulumula adiantou que o número de beneficiários vai aumentar para 20 mil famílias camponesas, em função do ingresso de novos camponeses nas associações das localidades de Calepi, Negola, Vila-branca, Cue 1 e 2.
Afirmou que actualmente o município de Caluquembe, 184 quilómetros a Norte da cidade do Lubango, controla com 31 cooperativas de camponeses e 180 associações, o que perfaz 18 mil agregados familiares.
“Para a campanha agrícola 2010/­2011, o município prevê aumentar o número de camponeses associados, de modos a beneficiarem também dos apoios do governo, que tem promovido acções de combate à fome e à pobreza, com a distribuição de inputs agrícolas, instrumentos de trabalho e crédito bancário”.

Sobre os resultados da campanha agrícola recém terminada, Joaquim Tchikulumula disse que a safra foi boa, porque as chuvas caíram com regularidade nas diferentes localidades do município.
Para a próxima campanha (2010/­2011), o responsável da secção municipal da Agricultura e Desenvolvimento Rural adiantou que o município prevê trabalhar 56.000 hectares de terra.
Joaquim Tchikulumula manifestou-se satisfeito com a reabilitação da estrada nacional que liga o município à cidade do Lubango e à província do Huambo, o que tem permitido o escoamento dos produtos do campo para a cidade sem constrangimentos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Não é do Lubango, mas...


Foto:http://forums.thefashionspot.com/f52/roberta-narciso-114163.html
Texto: Angonoticias - 14 de Outubro de 2010
Xangai: Roberta Narciso entre as 15 finalistas do Elite Model Look

A angolana Roberta Narciso brilhou em Xangai na 27ª final mundial do concurso Elite Model Look. A jovem de Luanda começa assim, aos 17, anos uma carreira internacional de manequim. Entre as mais de 70 candidatas de todo o mundo, a representante angolana foi uma das 15 finalistas. Um feito extraordinário, até porque esta é a primeira participação do nosso país na prestigiada prova. O Elite Model Look World Final é um dos maiores eventos anuais do mundo da moda.

As 15 finalistas do concurso internacional têm agora a oportunidade de assinar um contracto de dois anos com a agência Elite.

Roberta Narciso venceu a final nacional em Angola, depois de um casting nacional bem disputado. O concurso que em Angola foi produzido pela Semba Comunicação, descobriu algumas das mais famosas modelos do mundo, tais como Cindy Crawford, Gisele Bündchen, Heidi Klum e Alessandra Ambrósio.

A agência Elite Models foi também a responsável por descobrir e desenvolver as carreiras de várias modelos que hoje são estrelas do mundo da moda, nomeadamente, Naomi Campbell, Tyra Banks, Karen Mulder e Linda Evangelista.

A representante angolana depois de vencer o prémio nacional de 20.000 USD e de levar um automóvel para casa, com a honrosa participação em Xangai, já assinou um contrato de dois anos com a mais conceituada agência Internacional. Roberta muda-se brevemente para Paris, capital Francesa onde a Elite tem sede.

De acordo com a organização, a ideia de trazer este concurso de cariz internacional para Angola foi o de dar visibilidade à beleza das mulheres angolanas e descobrir talentos.

Comunidades da Huíla recebem formação em segurança alimentar

J.A. - Arão Martins | Lubango - Hoje

A Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente da Antena na Huíla (ADRA) vai, até 2012, formar as comunidades em temáticas sobre segurança alimentar, direito à educação, VIH/Sida e promoção do desenvolvimento local e de género.
A informação foi prestada na semana passada pela directora provincial em exercício da ADRA na Huíla, Lurdes Farias, quando discursava na abertura do 13º Encontro Provincial das Comunidades, realizado até quinta-feira, na cidade do Lubango.
Lurdes Farias disse que na província da Huíla a ADRA está a intervir nos municípios de Cacula, Calquembe, Gambos e Humpata. “Pretendemos fortalecer as famílias desses municípios e não só em matéria de prevenção de doenças como o VIH/Sida, mas também aumento da produção alimentar, comercialização dos produtos produzidos, consumo dos produtos, sua transformação, bem como acções ligadas ao microcrédito, com a criação de cooperativas”.
Disse que a ADRA Antena na Huíla promove, há mais de 13 anos, encontros municipais e provinciais das comunidades. Além de ser um espaço de auscultação, os participantes trocam ideias com os representantes das organizações comunitárias de base e parceiros.
O 13º Encontro Provincial das Comunidades serviu para formar e reflectir sobre diferentes temas da vida do cidadão, como o crédito de campanha agrícola, a lei 17/10 sobre a descentralização e desconcentração, a nova Constituição, entre outros. “A auscultação e concertação social e os fóruns realizados junto das comunidades têm contribuído na solução dos problemas locais, tal como na melhoria da produção, comercialização de produtos, acesso ao crédito de campanha agrícola e outros”, disse o vice-governador da Huíla para a área social, Sérgio da Cunha Velho.

Governo esclarece atrasos nos salários dos professores

J.A. - Domingos Mucuta | Lubango - 11 de Outubro, 2010
... ...
Manifestação pública

O governo da província da Huíla autorizou a manifestação pública realizada no dia 2 de Outubro, sábado, tendo criado as condições de necessárias para a manutenção da ordem pública.
O Governo Provincial da Huíla constatou que a manifestação “não se cingiu à reclamação dos direitos eventualmente evocados pelos sindicatos dos professores, mas acabou por revelar insulto público, difamação, falta de ética e de respeito pelo direito ao bom nome e honra do governador provincial, Issac dos Anjos”.
Na nota de esclarecimento, o governador da Huíla, Isaac dos Anjos, refere que “ao permitirem que a manifestação resvalasse para insulto e difamação, os responsáveis sindicais violaram o previsto no Artigo 40º da Constituição da República, sobre a preservação do bom nome, a honra e a reputação, imagem e a reserva da intimidade da vida privada e familiar, o segredo de Estado e profissional”.
O Governo Provincial da Huíla, na nota, “insta os sindicatos organizadores da manifestação a apresentarem um pedido de desculpas públicas pelas palavras insultuosas proferidas contra o governador Issac dos Anjos, num prazo de oito dias, findos os quais se reserva ao direito de procedimento legal, com vista à reposição da honra e do bom nome”.
O Sindicato dos Professores na Huíla ainda não reagiu à nota emitida dia 4 de Outubro pelo Governo provincial.
Centenas de professores de vários níveis de ensino, filiados no sindicato, prometem mais manifestações e paralisar as aulas, como forma de reivindicar o pagamento dos ordenados dos meses de Agosto e Setembro.

Alunos com necessidades especiais precisam de mais apoio nas escolas

J.A. - Domingos Macuta| Lubango - 08 de Outubro, 2010

Agentes da Educação defendem a criação de condições para promover a inclusão no ensino de pessoas com necessidades especiais

Actores sociais e agentes do sector da Educação recomendaram na segunda-feira, no Lubango, a criação de condições nas escolas dos diferentes níveis de ensino e aprendizagem da região Sul para promover a inclusão de pessoas com necessidades especiais.
Esta foi uma das recomendações saídas do I Fórum Regional Centro-Sul, promovido pela Rede de Educação para Todos (EPT), sob o lema “Educação e desenvolvimento”, numa actividade em que participaram 40 agentes das províncias do Kuanza-Sul, Namibe, Benguela, Bié, Huambo, Cunene e Huíla.
Os agentes da Educação consideraram que a falta de material adaptado às necessidades de pessoas com deficiência e de professores especializados limita o ingresso deste grupo às instituições do ensino de base, médio e superior.
Por isso, recomendaram também a criação de mais espaços de diálogo nas províncias, municípios e comunas para a concertação e definição de estratégias que visam a melhoria da qualidade do sistema de ensino.
Estas estratégias a nível das comunidades devem incluir as comissões de pais e encarregados de educação, fóruns e jangos comunitários, salientam os participantes no fórum. Também recomendaram um maior intercâmbio inter provincial, municipal e comunal, mais envolvimento da sociedade civil nos conselhos de auscultação social e um reforço da divulgação dos assuntos relacionados com a educação.
É preciso dar sequência ao projecto de distribuição da merenda nas escolas públicas, sobretudo nas localizadas em zonas rurais e suburbanas, por concentrarem um maior número de famílias desfavorecidas. Concluíram que a construção de equipamentos escolares nos municípios, comunas e aldeias permitiu a inserção de mais crianças no sistema de ensino e incentivaram o Executivo a continuar a erguer mais escolas e internatos com características de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência.
Recomendaram também ao Ministério da Educação a criação de condições de pagamento condigno, uniformizado e pontual dos salários aos professores e a conjugar esforços junto das organizações da sociedade civil, para propor soluções dos problemas que ainda existem no sector.Os participantes defenderam uma maior atenção às minorias étnicas e transparência na selecção dos agentes que pretendem ingressar no sector, dando sempre prioridade aos quadros locais, e incentivar o subsídio de isolamento para os quadros das zonas mais recônditas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Fundo de Apoio Social amplia escola


J.A. -Arão Martins | Lubango - Hoje
Fotografia: Arão Martins| Lubango

A escola foi ampliada para que mais crianças sejam inseridas no sistema de ensino

Os alunos da escola 1 de Junho, situada no bairro Bula Matadi, arredores da cidade do Lubango, vão estudar em melhores condições, com a conclusão das obras de ampliação das suas instalações, que permitiram aumentar o número de salas de aula de 14 para 18. Constam ainda das novas estruturas uma arrecadação, sala de professores, gabinete e dois balneários. As obras foram financiadas pelo Fundo de Apoio Social (FAS) e orçaram em 21.753.000 kwanzas.
O director da escola, Júlio Abel, considerou a ampliação da escola como um passo importante para acomodar melhor os alunos e inserir mais crianças no processo de ensino e aprendizagem, sendo que é actualmente frequentada por 6.896 alunos.
O vice-governador para esfera Social, Sérgio da Cunha Velho, disse na quarta-feira, durante a entrega das novas salas, que a prioridade do executivo é a criação de condições para dinamizar o processo de ensino e aprendizagem na província.
“Um dos propósitos do milénio é a erradicação do analfabetismo, que só é possível com a ajuda de todos”.

Arquidiocese do Lubango capacita agentes sanitários


J.A. -Domingos Mucuta| Lubango - 30 de Setembro, 2010

Noções básicas de como cuidar de gestantes é um dos temas abordado na formação

Os agentes sanitários e líderes comunitários das paróquias da Arquidiocese do Lubango estão, desde terça-feira e até dia 2 de Outubro, a realizar um seminário de formação sobre cuidados básicos de saúde e acompanhamento a gestantes e crianças dos zero aos seis anos de idade.
O seminário está a formar 20 agentes sanitários e líderes comunitários da arquidiocese, para trabalharem voluntariamente como formadores de outros moradores nas questões ligadas aos bons hábitos de higiene e acompanhamento das mulheres grávidas e crianças nas comunidades.
A actividade, inserida no projecto Pastoral da Criança, visa reduzir os casos de infecções e o índice de mortalidade entre crianças e mulheres grávidas, por doenças oportunistas, como a malária e a diarreia.
A formação está a ser orientada por uma especialista brasileira, com o objectivo de despertar e capacitar as lideranças comunitárias, bem como fortalecer o trabalho da pastoral da criança do Lubango, nos domínios da Saúde e Educação.
O projecto tem ainda como objectivo criar condições para que as mulheres grávidas sejam agentes de programação da vida familiar, exercitar as capacidades e acções básicas de saúde, nutrição e educação essencial ao desenvolvimento comunitário.
Os participantes vão absorver noções básicas de como cuidar de gestantes, estimular o aleitamento materno, acompanhar o desenvolvimento das crianças para uma vida plena, prevenir e combater a malária e incentivar a hidratação com soro oral.
O arcebispo da Arquidiocese do Lubango, Dom Gabriel Mbilingi, considerou fundamental o trabalho da pastoral da criança, pelo facto de contribuir para o desenvolvimento integral dos menores até à idade jovem.
Os líderes comunitários têm a missão de ensinar às famílias os cuidados a ter com a criança desde a gestação até à idade escolar, uma vez que a assistência e a protecção prestadas às crianças ajudam a construir um mundo melhor.
“Devemos fazer com que a criança se dê valor em todas as fases da sua viva, no capítulo da saúde, nutrição e educação, assegurando o seu desenvolvimento mental, social e espiritual”, disse o arcebispo.

Doenças complexas têm tratamento no Lubango




A reabilitação e modernização do Hospital Central em 2008 permitiu a introdução de novos serviços clínicos

J.A. - André Amaro| Lubango - 29 de Setembro, 2010
Fotografia: Arimateia Baptista

Os pacientes com insuficiência renal, úlceras, tumores na próstata e outras doenças que antes eram tratadas em Luanda ou no exterior, já podem recorrer ao Hospital Central do Lubango para busca da cura.
A assistência especializada é possível com a nova tecnologia de ponta instalada no Hospital Central Dr. António Agostinho Neto devido às obras de reabilitação e modernização executadas em 2008.
Com a nova tecnologia é possível efectuar hemodiálise, todo o tipo de cirurgias e outros serviços sofisticados. Médicos angolanos, apoiados por especialistas cubanos e russos, estão a responder às necessidades dos doentes.
Neste momento, são prestados serviços nas áreas de cardiologia, ortopedia, gastrenterologia, dermatologia, neurologia, cirurgia pediátrica, urologia, radiologia, obstetrícia, medicina interna, cirurgia geral, estomatologia, neurocirurgia, oftalmologia e ginecologia.
Os serviços são assegurados por 68 médicos e auxiliados 309 enfermeiros, técnicos de laboratórios, instrumentistas, anestesistas e outros profissionais de saúde. O director clínico do Hospital Central do Lubango, Zola Diakusekele, disse que estão criadas no Lubango as condições para salvar vidas e poupar recursos gastos no exterior.
Afirmou que em breve são abertos novos serviços nas especialidades de hemodiálise, endocrinologia, gastrenterologia e oncologia.
A capacidade de internamento do hospital é de 522 camas e as doenças mais frequentes são a malária, tuberculose, poli traumatismo, meningite, acidentes celebram vasculares e hipertensão arterial.

Hospital e Universidade

As potencialidades tecnológicas, quadros qualificados e as excelentes instalações do Hospital Central do Lubango Doutor Agostinho Neto são aproveitados para a abertura de outros serviços. A instituição evolui para Hospital Geral com a abertura dos serviços pediátricos, numa primeira fase, para atender crianças da região centro e sul do país.
O director clínico do Hospital Central, Zola Diakusekele, explicou que os serviços pediátricos entram em funcionamento ainda no decorrer do presente ano, porque a instalação dos equipamentos está na fase final.
Zola Diakusekela sublinhou que depois da entrada em funcionamento da pediatria, o passo seguinte é a instalação da maternidade, cujo projecto é materializado no inicio do próximo ano.
Na vertente universitária, disse que está criado uma direcção pedagógica e científica que já trabalha com estudantes da Faculdade de Medicina do Lubango e da Universidade Piaget de Luanda. Zola Diaksekela afirma que o hospital do Lubango tem condições preparadas para facilitar o estágio de 80 estudantes do segundo ao sexto ano do curso de Medicina.
Apesar do hospital não ser concebido para prestar serviços universitários, as condições existentes estão adaptadas para facilitar aulas teóricas e práticas a estudantes de Medicina, garantiu.

Hospital escolar

A Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemofayo e o Hospital Central do Lubango assinaram um protocolo para a formação de estudantes. O protocolo vai permitir realizar estágios do 2ª ao 6ª ano, trocar experiências com médicos e promoção de palestras. A decana da Faculdade de Medicina, Ana Geraldo, disse que o protocolo tem vantagens para as duas instituições.
"Os futuros médicos vão ter a oportunidade de estar em contacto com os doentes, fazer serviços de urgência, atendimento ambulatório, trabalho no bloco operatório e estudos nos cadáveres", sublinhou.
O director pedagógico para área científica do Hospital Central do Lubango, Martinho Angelino, disse que as condições fundamentais estão criadas para que os estudantes façam um estágio adequado e aprofundem as investigações científicas.
Os técnicos e médicos vão beneficiar de cursos de curta duração para actualização de conhecimentos, pós-graduação e aprofundar a investigação científica.

Faculdade e médicos

Além da Faculdade de Medicina do Lubango, a direcção do hospital recebeu os pedidos para estágio de estudantes da Faculdade Privada Piaget de Luanda (com cinco estudantes já a estagiar) e Universidade Privada de Angola.
Para Martinho Angelino este intercâmbio com as faculdades é benéfico na medida em que os futuros médicos vão aliar a teoria à prática e beber das experiências dos médicos cubanos e russos que trabalham no hospital.
A cooperação com algumas faculdades de Medicina vai permitir atrair mais médicos para o hospital, sobretudo nas especialidades que ainda se debatem com algumas carências. A entrada em funcionamento da Faculdade de Medicina do Lubango é importante para o sector da saúde na Huíla, uma vez que vai formar quadros para reforçarem os hospitais.
Concebido para funcionar com 192 médicos, o Hospital Central do Lubango tem apenas 68, distribuídos pelas especialidades de pediatria, ortopedia, cardiologia, urologia, nefrologia, neurologia, análises clínicas e oftalmologia.
O director Clínico do Hospital, Zola Diakusekela, disse que apesar do número de médicos estar aquém do necessário, os existentes conseguem cobrir as diferentes especialidades. Mas são necessários pelo menos 100 médicos para reforçar especialidades e aliviar a sobrecarga de trabalho dos profissionais.
O Hospital Central do Lubango é uma unidade de referência a nível nacional e tem prestado assistência médica e medicamentosa a pacientes de outras províncias.

Humanização dos serviços

As melhorias na assistência médica e medicamentosa aos pacientes motivaram a direcção do hospital a realizar as primeiras Jornadas Técnicas e Científicas que permitiram recolher os contributos necessários para a eficiência da assistência sanitária.
As jornadas decorreram sob o lema "Investigação e Pesquisa em Saúde, ao Serviço da Melhoria da Assistência Médica, Medicamentosas e Humanizada aos Utentes" e congregou especialistas de diferentes áreas de saúde da província.
Durante as jornadas, os participantes abordaram questões relacionadas com as medidas para a redução da mortalidade hospitalar, ética, humanização no processo educativo em medicina, politraumatismos, hipertensão arterial, alcoolismo, interacções medicamentosas, fisioterapia e a sua importância na sociedade e malária. Também reflectiram sobre a úlcera tropical, mortalidade por febre tifóide em crianças, tuberculose pulmonar, incidência da doença da mama, estudo da mortalidade por Sida.
O director pedagógico para a área científica do Hospital Central do Lubango, Martinho Angelino, disse que os temas debatidos reflectem as preocupações que os profissionais têm enfrentado no dia-a-dia.
Martinho Angelino considerou as jornadas um êxito, na medida em que permitiram aumentar os conhecimentos dos técnicos e adaptá-los as novas tecnologias, visto que o hospital beneficiou recentemente de obras de reabilitação e modernização.
As jornadas contaram com a participação de membros da Faculdade de Direito, Hospitais Pediátrico, Maternidade, Escola Técnica de Saúde, igrejas e outros parceiros que trabalham na assistência médica e medicamentosa.