sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Universidade Mandume forma primeiros mestres



André Amaro| Lubango - 19 de Outubro, 2010
Fotografia: Arimatéia Baptista

Um ângulo da Universidade Pública Mandume que é constituída pelas Faculdades de Medicina, Economia, Direito e escolas superiores



Os primeiros estudantes com o grau de mestrado formados pela Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN), em parceria com a Universidade Clássica de Lisboa, vão ser lançados no mercado a partir do próximo ano, disse ontem o reitor daquela instituição pública, Viriato Gaspar Gonçalves.
Os estudantes estão a ser formados nas especialidades de Gestão Económica e Direito Económico e a universidade tem um plano anual de pós-graduações para dentro e fora do país, com prioridade para os docentes.
A perspectiva é abrir cursos de mestrado em todas as licenciaturas ministradas da Universidade Mandume, para que os estudantes possam prosseguir a formação no país, sem grades gastos, sublinhou o reitor Viriato Gaspar.
A universidade está empenhada em melhorar a qualidade do ensino superior na região Sul, para participar, através da investigação científica, na solução dos problemas que a sociedade enfrenta. O reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo manifestou este desejo no âmbito das comemorações do primeiro aniversário da instituição que se assinala hoje.
A cerimónia que marca as comemorações do dia da Universidade Mandume vai ser presidida pela ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, e inclui actividades musiciais, um discurso do reitor, mensagem dos estudantes e uma comunicação do governador da Huíla, Isaac dos Anjos.
A Universidade Mandume é constituída pelas Faculdades de Medicina, Economia, Direito e escolas superiores politécnicas do Namibe, Cunene e Kuando-Kubango e tem 2.545 estudantes.
Na Universidade Mandume Ya Ndemufayo são leccionados os cursos de Medicina, Direito, Economia, (Lubango), Contabilidade, Electricidade, Mecânica, Biologia Marinha (Namibe), Biologia, Enfermagem, Análises Clínicas, Engenharia Agrícola (Cunene), Biologia, Matemática e Enfermagem (Kuando-Kubango).

Balanço positivo


Viriato Gonçalves fez um balanço positivo do primeiro ano de actividades da universidade e sublinhou que a instituição, além do ensino, deve servir a comunidade, identificar os seus problemas e ajudar a resolvê-los.
Disse que o primeiro ano de funcionamento da universidade serviu para definir as linhas de desenvolvimento da instituição, elaboração do estatuto orgânico, regulamento e normas, criação do logotipo, hino, bandeira, numeração dos estudantes e orçamentos.
De acordo com o reitor da Universidade Mandume, o processo de ensino e aprendizagem é garantido por 57 docentes.
Viriato Gaspar Gonçalves considerara que estão criadas as bases institucionais para o funcionamento da universidade e, a médio prazo, são erguidas as infra-estruturas físicas com o apoio dos Governos Provinciais."O balanço é positivo", referiu.

Bibliotecas e laboratórios


A reitoria da Universidade Mandume Ya Ndemufaya pretende criar bibliotecas físicas e digitais conectadas à Internet, apetrechar os laboratórios com meios modernos e informatizados.
Viriato Gonçalves garantiu que vai ser melhorada, a curto prazo, a situação da comunicação, através da criação de uma sítio na Internet com uma base de dados sobre a universidade, estudantes, cursos e outras informações. O reitor disse que a universidade está a promover a investigação científica a vários níveis, facilitar o ensino à distância e aumentar a qualidade do ensino superior.
O projecto é financiado com o orçamento próprio da universidade e tem o apoio dos Governos Provinciais onde estão localizados os núcleos orgânicos.
Quanto aos projectos de médio e longo prazo, Viriato Gonçalves disse que a aposta da universidade é a construção de infra-estruturas físicas adequadas aos cursos ministrados em cada uma das instituições orgânicas.
O reitor informou que existem estudos avançados para a materialização do projecto e os da Huíla estão em fase conclusiva. Explicou que o Governo Provincial da Huíla cedeu um espaço na nova urbanização da Eywa para construção do campus universitário, cujas obras começam no próximo ano.

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